Desde a chegada de Pedro Álvares Cabral em 1500, o Brasil não apenas integrou a língua dos colonizadores em seu cotidiano, como a elegeu sua principal. Ainda assim não adquirimos o ritmo de fala e a pronúncia das palavras como os próprios portugueses desenvolveram; do lado brasileiro, a fala mais arrastada, sem segurar o “L” e, muitas vezes, transformando o “O” dos finais de palavras em “U”, alcançamos um jeito próprio de falar o português.
Uma série de atualizações contribuiu para a forma como falamos, inclusive regionalmente. Primeiro que diversas correções ortográficas e novas ortografias foram tomando forma, mas muitas vezes sem sincronia entre os países. Um exemplo seria o habitual “dá-me algo” dos portugueses, que no Brasil foi invertido para “me dá algo”.
Além disso, hábitos linguísticos de outros países foram integrados ao português brasileiro; exemplos como a interferência da colônia italiana ao sotaque paulista, o legado puxado de holandeses em Pernambuco e até o “S”, puxado como “X”, no Rio de Janeiro, tem um fundo francês.
Inspirado na elegante pronúncia das palavras em francês, os portugueses, que na época ocupavam o Rio de Janeiro como capital federal, decidiram aderir o uso puxado da consoante, hoje integrado ao dialeto carioca.
Fonte: Aventuras na História do UOL