Embora muitas vezes percebidas como opções baratas, rápidas e não sofisticadas em muitas partes do mundo, as conservas são, na verdade, um item básico da culinária portuguesa. Portugal tem uma longa tradição na conserva de peixes. Mais de 2000 anos atrás, o país já era o principal fornecedor de peixe seco e salgado para o Império Romano, que cobria a maior parte da Europa atual, através do agora a renascer Garum. Ainda hoje é fácil visitar qualquer restaurante do país e entender a paixão pelo peixe salgado, principalmente o bacalhau. Conservar peixe em latas é uma técnica mais recente, nascida há 2 séculos. A primeira fábrica de conservas comerciais em Portugal foi fundada em 1853, especializada em sardinhas conservadas em azeite.
Durante muitas décadas, o peixe enlatado era uma opção acessível que permitia que o peixe permanecesse mais tempo na despensa, chegando às cozinhas daqueles que na verdade não moravam perto do mar. Historicamente, não havia nada extravagante nas conservas de peixe. Existia por razões práticas. No entanto, na última década, Portugal experimentou uma mudança na maneira como peixes e marisco enlatados são produzidos, consumidos e percebidos. Os enlatados tornaram-se até souvenirs para turistas que desejam levar um pouco da gastronomia portuguesa para seus países de origem.
Você conhece essa gastronomia portuguesa?